Largo do Paissandu

Um dos mais importantes sítios históricos do circo brasileiro

o Largo do Paissandu está localizado no começo da Av. São João, a uma quadra do Anhangabaú, próximo ao famoso cruzamento da São João com a Ipiranga, no chamado Centro Novo da cidade de São Paulo. O Centro de Memória do Circo (CMC) encontra-se sediado nesse sítio histórico do circo brasileiro desde a sua fundação, em 2009. 

O circo marcou presença no Largo do Paissandu a partir das últimas décadas do século XIX, com as temporadas de grandes companhias circenses do período. O documento mais antigo, até agora encontrado, é um cartaz de 1887, publicado pela imprensa local, que anuncia a temporada do Circo Irmãos Carlo. Há documentos que registram outras temporadas, sendo a mais importante a do Circo Alcibíades, entre 1925 e 1929, cuja principal atração era o palhaço Piolin (Abelardo Pinto, 1897-1973). Foi nessa temporada que os intelectuais modernistas Oswald e Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Menotti Del Picchia, Yan de Almeida Prado, entre outros, “descobriram” Piolin, que veio a se tornar um dos símbolos do movimento.

O Largo do Paissandu também abrigou movimentos e associações representativas da categoria circense, entre elas a Federação Circense (fundada em 1925), o Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculo de Diversão (1934) e a Associação Brasileira de Proprietários de Circos e Empresários de Diversões (ABED, ABRAC, ABRACIRCO) a partir da década de 1950. O Largo do Paissandu também sediou, por quase um século, o “Café dos Artistas”, ou simplesmente “Café”, encontro semanal dos circenses, sempre às segundas-feiras, dia de folga da categoria. No “Café”, nome genérico para se referir aos bares e calçadas do trecho entre o Largo do Paissandu e a Av. Ipiranga, os circenses firmavam contratos e encontravam parentes, colegas, amigos. 

A instalação do Centro de Memória do Circo (CMC) no local o reafirmou como ponto de referência circense.

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